Marinha Mexicana espera expandir rede

SAN FELIPE, México – A Marinha do México disse na quarta-feira que está planejando expandir a área onde afunda blocos de concreto cobertos com ganchos de metal para prender redes de emalhar que estão matando botos da marina vaquita.

A Marinha começou a lançar os blocos no Golfo da Califórnia no ano passado, na esperança de ajudar a salvar o mamífero marinho mais ameaçado do mundo.

A vaquita vive apenas no Golfo, também conhecido como Mar de Cortez, onde restam apenas dez vaquitas. Eles não podem ser mantidos ou criados em cativeiro.

As vaquitas são capturadas e afogadas em redes de emalhar ilegais instaladas para a totoaba, um peixe do Golfo cuja bexiga natatória é considerada uma iguaria apreciada na China, valendo milhares de dólares por quilo. É aí que entram os blocos de concreto; os anzóis prendem-se nas caras redes de totoabas, estragando-as.

Isso supostamente deveria desencorajar os pescadores ilícitos de arriscar os seus equipamentos caros na “área de tolerância zero”, um quadrilátero irregular considerado o último reduto das vaquitas. É chamado assim porque é onde os blocos são afundados e onde as patrulhas são mais pesadas, e supostamente não há pesca, embora isso ainda ocorra às vezes.

Mas algo estranho aconteceu quando cientistas e pesquisadores iniciaram a mais recente expedição de avistamento em busca de vaquitas em maio.

Eles descobriram que a maioria dos 16 avistamentos (alguns podem ser avistamentos repetidos do mesmo animal) ocorreram nos limites e, em alguns casos, fora da área de “tolerância zero”, que deveria ser o local mais acolhedor para os animais.

Isso levou a Marinha a anunciar na quarta-feira que negociará com a comunidade pesqueira de San Felipe, no estado de Baixa Califórnia, para começar a afundar blocos fora da zona de tolerância zero.

“Uma vez alcançado um consenso com a comunidade pesqueira, mais 152 blocos serão colocados na zona franca ao longo da área de tolerância zero, onde houve avistamentos visuais ou de ecolocalização” de vaquitas, disse o Real Almirante Marco Peyrot Solís, comandante da Marinha de Guerra. a região.

Os pescadores de San Felipe dizem que o governo não cumpriu as promessas anteriores de pagamentos compensatórios pela perda de rendimentos devido às proibições de redes na área. Dizem também que o governo pouco fez para fornecer equipamentos de pesca melhores e mais sensíveis ao ambiente.

Os especialistas estimam que os avistamentos mais recentes sugerem que restam 10 a 13 vaquitas, um número semelhante aos vistos na última expedição deste tipo em 2021.

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